segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ANOREXIA, BULIMIA NERVOSA, VIGOREXIA
O QUE ACONTECE COM AS PESSOAS?
Pode parecer um fenômeno  novo, mas não.
O jejum era utilizado em muitas práticas na sociedade desde o século XIII em instituições religiosas. Nesta época, era comum algumas mulheres recorrerem a jejuns excessivos.
.
Devemos lembrar que nesse tempo as mulheres assumiam papel de procriadoras, devendo obediência a hegemonia machista dominante. Para refugiarem-se das imposições, algumas delas jejuavam ate sumir a carne restando apenas os ossos.

Somente no século XIX a anorexia passou a ser foco de atenção clinica. É certo que essas pessoas parecem querer atingir um ideal, seja beleza, seja uma causa. O tema tem ocupado espaço na mídia e enchido os consultórios pela crescente demanda. Na contemporaneidade é estimulado o consumo, exposição de corpos perfeitos, como se não houvesse espaço para quem não cabe nos moldes do sucesso.

As pessoas vivem massificadas por um padrão, que quase robóticos, quantitativamente elaborados em pesos e medidas, sem possibilidades de discordância em estado de alienação.   

O que é?
ANOREXIA

Ocorre alterações do apetite e da imagem corporal, acomete principalmente mulheres jovens.
Na anorexia podemos destacar  a importância de fatores psicossociais e culturais, que determinam que a magreza é o padrão de beleza único. O início se apresenta com dietas restritivas, com terrível medo de engordar, distorção da imagem corporal, exercícios físicos constantes, onde o único foco torna-se perder peso e, para, isso passam a negligenciar todo  tipo de comida, ate a água.


BULIMIA 
Também é mais comum em mulheres jovens. Destacam-se fatores biopsicossociais, a pessoa se sente culpada, com dificuldade de auto controle e desejo de auto punição. A pessoa induz o vômito como método  compensatório após ter se alimentado, geralmente sai da dieta, e por medo  de engordar provoca o vômito.

VIGOREXIA

No século XX o ideal do corpo do homem passa a ser musculoso, um reflexo do poder e sucesso.
Assim temos, os padrões de beleza de homens fortes, com braços imensamente cheios de músculos. Essa busca por músculos definidos a qualquer preço, não importa se utilizará de esteroides anabolizantes ou compulsão por exercícios físicos até o esgotamento, com sobrecarga de peso humanamente impossível, é a obsessão por esse ideal de corpo esculpido e musculoso.
 

TODOS SÃO CONSIDERADOS PROBLEMAS DE IMAGEM CORPORAL.
Ou não se é suficientemente forte, ou magro.
O auto controle não está nas mãos da pessoa, o medo de não atingir o padrão ideal externo leva ao adoecimento.

MAS O QUE ACONTECE?

São muitos os fatores: biológicos, sociais, familiares, psicológicos, culturais e antropológicos.  Todos estes somam-se para compreender e interrelacionar o que acontece com estes indivíduos.

As pessoas começam a se sentir insatisfeitas, o medo é a emoção de base, "não posso estar como estou, preciso conseguir, alcançar esta meta, peso tal, medida tal". Os critérios para alcançar estes objetivos não parecem importar mais. As consequências, embora nocivas, não são mais percebidas, com os sintomas silenciados, restam os sentimentos de culpa.

As pessoas passam a viver em função de uma dieta, de um plano de exercícios, alteração e estreitamento  nas rotinas sociais, olhar voltado apenas o campo de interesse. Não é somente o corpo que se transforma, a mente é o principal a ser transformado.

A mídia influencia a cultura do consumo, só o que parece torna-se perceptível e, assim na massificação, a essência se perde.
As pessoas torna-se vazias por dentro e preenchidas artificialmente por fora. O sentir passa a ser ocupado pelo ser visto, pois esta lógica é o que importa. Parecer ter saúde é mais importante que ter saúde.


Mas será que estar em forma é sinônimo  de sentir-se bem, ou a sensação de bem estar é confundida com prazer e vaidade? Seria a utopia da felicidade?
O que se tem visto é que as pessoas buscam a correção, a transformação a partir de um molde, reconstrui-lo, cortar, torná-lo plástico até atingir o ideal fabricado pelas indústrias de consumo. O resultado que temos presenciado são pessoas cada vez mais insatisfeitas, consumindo mais e mais.
Muitas vezes, a consequência é a morte de homens e mulheres saudáveis, doentes por essa lógica alienante.
Há um predomínio de interesses que vende às pessoas o auto investimento constante, tanto no lazer, na cultura, no consumo, e principalmente na aparência, com o único objetivo de produzi r consumidores.

É importante que as pessoas realizem mudanças e transformações a partir de sua própria consciência critica. Deste modo poderá não cair na armadilha da alienação pós moderna.
Pense, viva e se sinta.
.

O MAIS DIFÍCIL É DAR O PRIMEIRO PASSO...
Permita-se o autoconhecimento, você vai se surpreender com o que descobrirá! 

GISELE SODRE - Psicóloga e Acupunturista
scologi@gmail.com | (48) 9932-0955

CURTA nossa Fan Page no Facebook e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre Psicologia e Acupuntura! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário