segunda-feira, 27 de janeiro de 2020


Consumo de bebidas alcoólicas: reflexões



O consumo do álcool tem sido apresentado de modo convidativo e proibitivo. Quanta ambivalência! Se beber não dirija é uma delas. Mas, existe consumo seguro?

Pra quê serve o álcool? Em termos nutricionais, nenhum. O que se aprecia é o efeito ou a bebida? Mas, será que o gosto do álcool é palatável ou o sabor advém dos demais ingredientes que compõem a bebida, então será que dá pra pedir o drink sem álcool?

Muitas são as narrativas de fatos trágicos mediados pelo alcoolismo, mesmo assim, o álcool, em alguns contextos é liberado. E até mesmo  os apreciadores parece amenizar, ao defender, níveis seguros para o consumo desta substância.
          


O que é o álcool?

É uma droga com efeito psicológico, ou seja, altera a consciência. Atua na parte do sistema nervoso central que, vai sendo tomado por partes a cada nível de álcool na corrente sanguínea. Quanto maior a velocidade em que é consumido pega mais rápido. Pode causar a morte dependendo da quantidade. Então o álcool pode matar? Sim, pode.


O que é alcoolismo?

 É uma doença que afeta todos os níveis sociais, culturais, independe de raça, cor, se homem se é mulher e idade.
O alcoolismo tem inicio insidioso. Quase sempre as pessoas não se dão conta da armadilha que estão caindo. As mídias de massa contribuem e muito para isso. É comum assistir a comerciais de bebida alcoólica com pessoas felizes, bem acompanhadas, relaxadas. Então, o álcool obnula a consciência de tal forma que impede a pessoa de questionar o real sentido e significado deste consumo.
Geralmente, para algumas pessoas a realidade se torna, com o passar do tempo, um fardo. É preciso mascarar momentos, então o álcool nada mais é que, um anestésico. Sim anestésico, anestésico da alma.
Há algum tempo, o único anestésico que era usado era feito a base de álcool administrado por via oral a pessoa era segurada enquanto mordia um pano para controlar o grito até que a intervenção cirúrgica terminasse. Geralmente usado em amputações. Mas, o ser humano sempre buscou aliviar e fugir da dor. O papel das religiões também atribui à dor um significado e representação especial, como purificação para o espirito.
E em tempos tão modernos, as pessoas ainda buscam aliviar suas dores, que não mais físicas, mas psicológicas. Dores de um sentimento por um amor frustrado, problemas financeiras, transtornos de personalidade não devidamente tratados. Tentativas de fugir de uma realidade que não consegue reconhecer e modificar, mas, sente que não está feliz.



Muitos são os temas de uma bebedeira, ou simplesmente ficar bebendo. De boa! Relaxar! Estar com o pessoal! Nossa bebemos muito! Geralmente é comum ouvir essas frases. É necessário um meio liquido para alcançar o bem estar, o alivio, nem que o preço disso seja uma ressaca, um quadro de saúde debilitado, uma defasagem na energia vital. Naquele momento de embriaguez em que tudo parece estar bem, vale toda cegueira emocional.


Álcool um droga emocional, cultural

Fatores culturais influenciam na dependência do álcool. Acredita se que as pessoas são influenciadas ao consumo. Algumas músicas reforçam a exposição do álcool e justificam sua presença, como por exemplo a perda de um amor. Como se isso não fizesse parte da vida e que é preciso reconhecer que pessoas podem deixar de amar e é preciso vencer isso com consciência e A dor precisa ser ressignificada e não amortecida. O álcool faz isso, impede a pessoa de pensar sua vida, ampliar sua consciência e desenvolver o amor próprio.

Despertar da consciência

O inicio costuma ser caracterizado por uma preferencia, como o álcool tem um caráter festivo e recreativo é quase impossível reconhece lo como um agente de doença psiquiátrica.
Os discursos costumam se assemelhar a estes:

‘me faz bem’, ‘me relaxa’, ‘me liberta’, ‘fico solto e tudo flui’


Na verdade, o que acontece, é uma mascara para muitas possibilidades de problemas que podem estar acontecendo com essa pessoa. A dificuldade de reconhecimento é uma delas.
Por exemplo, uma pessoa com ansiedade pode se sentir relaxada com o uso de álcool. Entre outras doenças psicológicas que podem predispor ao uso continuo do álcool como “psedotratamento”, causando é claro uma iatrogenese com prejuízos irreversíveis, em alguns casos, como beber e dirigir.
Cada vez mais a tolerância ao álcool é aumentada, assumidamente a pessoa não se diverte sem o álcool. Para estar com pessoas, em meio a amigos, de férias, enfim, o consumo é necessário. O álcool é o primeiro a ser lembrado e não pode faltar, passa a ocupar a ideia central.
Até que o álcool seja reconhecido como uma doença, o processo de adoecimento pode, algumas vezes, passar despercebido como se fizesse parte de um traço de personalidade da pessoa. Em algumas famílias em que o álcool está presente isso pode acontecer e se conhecer como doente em um ambiente que é normal é muito mais complexo. Aí o que dificulta a consciência.

O álcool mata através de forma e contextos variados:

·         Que dirige e provoca um acidente, pode morrer e pode matar.
·         Também como consequência trágica de assassinatos, em que a pessoa que comete o crime estava sob o efeito do álcool.
·         Violência domestica.
·         Coma alcoólico



Muitos são as possibilidades de letalidade e tão complexo o reconhecimento deste mal que é tão antigo quanto a própria humanidade.

 Consciência faz parte da atividade diária de olhar pra si e perguntar se: _ como estou me sentindo na vida que estou?  buscar as respostas a partir do seu amor próprio. Busque o bem sem precisar de nada que vem e fora o caminho vem do coração.












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