terça-feira, 17 de novembro de 2015

Compromisso ou obrigação?


 COMPROMISSO OU OBRIGAÇÃO
Entenda a diferença destes termos no seu relacionamento

Um relacionamento feliz ou um relacionamento frustrado nada mais é que um  resumo do significado entre compromisso ou obrigação.
Uma palavra chave resume tudo, afinidade, mas por quê tantos casais com personalidades tão diferentes se atraem e continuam juntos?

Essa resposta é complexa, nos remeterá a analisar caso a caso, mas a algo comum a todos.  Muitas vezes persistimos em que aquela pessoa, tanto homem ou mulher, vai se adequar ao nosso jeito e com o tempo iremos mudá-la.
Engano.

Quando conhecemos alguém que nos sentimos atraídos seja pelo olhar, idealização, atração física ou simplesmente foi rolando. Muitas vezes, no inÍcio, para agradar ou até mesmo conquistar a pessoa, cedemos ou toleramos situações ou pessoas que detestamos para estar ao lado da pessoa amada.
Depois com o passar do tempo, as diferenças se tornam evidentes, então começam os conflitos.

Muitos destes conflitos são confundidos com “virou rotina”, ou “com o tempo as coisas esfriam”. Mas, na verdade o relacionamento está imerso em obrigações que levam os parceiros ao descontentamento mútuo.
Exemplos disso são muito claros. Quem nunca presenciou casais em lugares em que um se divertia e o outro bufava querendo ir embora? Então um dos parceiros leva a fama de “chato” ou “não combina com fulano de tal”. E quando o cenário inverte temos no outro o mesmo comportamento. Quem observa isso são familiares ou amigos destes casais. E muito dão o que falar.

Mas até quando um relacionamento assim se arrasta e por quê?
Relacionamentos em que permeia as obrigações revezando entre um e outro a vez de suportar algo que odeia em prol do outro podem durar a vida toda.
Os sintomas são diversos, podemos adoecer por isso. Doenças como depressão, ansiedade, transtornos do exagero como comer ou fumar, beber, são os principais.
O comportamento de trair compulsivamente quase sempre está presente como fuga e até mesmo a pessoa precisa se envolver com outras pessoas para suportar o companheiro.

Ambos não estarão felizes em um relacionamentos assim. Há falta de respeito mútuo, consideração com os sentimentos de ambas as partes, muitos casos podem até aparecer violência física ou psicológica.

Mas como é o relacionamento ideal?
A relação ideal não existe, o que é possível é uma relação em que as pessoas se comprometem um com o outro se respeitam não concordam com tudo, mas se complementam.

A alegria de um se torna alegria do outro. Querer bem, ter afinidade são características que devem ser observadas desde que o casal se conhece.
A base de um relacionamento feliz é respeito e confiança. Ter comprometimento é aceitar sem medo, é doar, acreditar. A característica de um relacionamento em que ambos estão comprometidos é uma leveza interior e segurança afetiva mesmo em situações desgastantes.

Vale lembrarmos que um relacionamento feliz não é aquele que não temos problemas, mas aquele em que se está disposto a superar adversidades.
Casais que se comprometem mutuamente são mais fieis, são mais sinceros, emoções positivas e confortantes predominam, são difíceis de serem alvos de conflitos e intrigas.

Nossa saúde emocional necessita de relacionamentos saudáveis. Não é preciso ter um amor romântico para ser feliz, mas é fundamental que sejamos felizes com a pessoa que temos, caso contrario seremos infelizes. Senão é melhor estar sozinho.

Se você está em uma relação permeada por obrigações e está sofrendo procure ajuda profissional, pois nesses casos é difícil sair sozinho.

GISELE SODRE - Psicóloga e Acupunturista
scologi@gmail.com | (48) 9982-3224


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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

REDE DIGITAL: O tempo e o amor.


REDE DIGITAL
Online 24h e algumas implicações no real, no tempo e no amor.

Desde os anos 90  o número de pessoas conectadas a internet tem aumentado numa velocidade muito grande. Cada vez mais pessoas passam a construir sua percepção da realidade pelos olhos digitais. Muitos aspectos somam-se as mudanças no comportamento humano desde sua percepção da realidade até seu modo de interagir no ambiente.


MAS DE QUAL REALIDADE FALAMOS?
Filósofos que defendem o materialismo propõe que o real depende da materialidade. Em contrapartida, uma outra corrente de filósofos idealistas defendem que a realidade não é essencialmente matéria.
A realidade pode ser captada pela percepção, como interpretamos a realidade irá influenciar no nosso jeito de pensar e agir, isso a internet tem feito nas relações humanas.

O QUE IMPLICA ESTAR CONECTADO O TEMPO TODO?
Já ouviu alguém falar como o tempo está passando depressa? Isso mesmo, o autor Pierre Levy  denomina de (..) “realidade ampliada, nosso ambiente físico natural é coalhado de sensores, câmeras, projetores de vídeo, módulos inteligentes, que se comunicam e estão interconectados a nosso serviço. Não estamos nos relacionando mais com um computador por meio de uma interface, e sim executamos diversas tarefas em um ambiente ‘natural ‘(..)” p. 38.
A velocidade das coisas se dão de forma que não temos tempo para nos adaptar, a impressão é que tudo passa muito depressa. São muitos estímulos, informações, o fenômeno da globalização, a expansão que aconteceu de forma abrupta.

Zygmunt Bauman traz conceitos chave sobre o tema quando denomina a era pós moderna como liquida. No conceito de liquidez tudo se transforma de forma muito rápida e imprevisível. O autor destaca em sua obra Amor Liquido – sobre a fragilidade dos laços humanos consequências nas relações amorosas. As relações virtuais   SE CONFIGURAM DE FORMA INTENSA E RÁPIDA SEM FORMALIDADES, ONDE TUDO SE INICIA E TERMINA COM UM CLICK. Sentimentos como insegurança, conflitos, banalização das emoções, egocentrismo, entre outros aspectos.



Assim a internet oferece um leque de possibilidades, onde tudo pode acontecer. É comum casais buscarem a ferramenta virtual para trair seus parceiros. Neto & cols (2009) apontam que a internet exerce uma influencia na vida dos casais em vários aspectos. Um deles é a traição virtual, não há garantia que o virtual não passará a ser real. A questão do sigilo na traição virtual tem elevado o número de cada vez mais adeptos.

Resumidamente, viver sem rede digital torna-se impossível, visto que está impressa em nossa realidade, mas a forma como a utilizamos faz toda a diferença. Quando os aplicativos, por exemplo, são a única forma de contato com o outro, isso se torna um problema. A dificuldade de olhar nos olhos, reconhecer empaticamente os sentimentos do outro, também é nocivo. Perceber o mundo pelas telas virtuais e ignorar o que acontece ao seu lado é humanamente impossível conviver. Ignorar a presença de alguém vai além da falta de educação passa a ser a desconsideração do real, pois deixar de responder um whatsapp é mais ofensivo do que não responder ao outro que está ao seu lado.

Referências
BAUMAN, ZYGMUNT. Amor liquido: Sobre as fragilidades dos laços humanos, Rio de Janeiro: Zahar, 2004
Lévy, Pierre. Cibercultura São Paulo: ED 34, 1999.
WEEKS, MARCUS. Se liga na filosofia 1 ED São  Paulo: Globo, 2014.


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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER




VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER
CONSCIENTIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA É A MELHOR FORMA DE COMBATE!

Muitas mulheres vivem num cenário de violência dentro de seus relacionamentos, na sociedade e na vida familiar. Temos acompanhado manchetes de telejornais a violência gratuita sobre a mulher. Agressões e mortes configuram o cenário cada vez mais trágico.

A lei Maria da Penha surgiu para salvaguardar a mulher de todas as formas de violência: tanto física, quanto psicológica, sexual, patrimonial e moral.

Falarei especificamente sobre a violência psicológica e sua repercussão na vida da mulher vítima.

A violência psicológica é entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e atinja sua autoestima. Ainda, prejuízos e perturbações no seu desenvolvimento enquanto pessoa. Condutas como degradar, controle de seus atos, seu jeito de ser e expressar, suas crenças e atitudes e o modo como gerencia sua vida caracterizam essa violência. Os meios do agressor configuram os seguintes verbos: ameaçar, constranger, humilhar, manipular, vigiar constantemente, restringir sua liberdade, entre outros que produzam imobilidade emocional na vitima.

Esses meios de violência tão gratuitas causam prejuízo a saúde psicológica da mulher e sua autodeterminação.

É preciso haver conscientização sobre esta forma de violência que precede tantas outras formas já citadas. A violência psicológica causa dor e sofrimento e pode adoecer emocionalmente e mentalmente a mulher.

O diagnóstico para uma mulher que é vitima de violência pode ser depressão, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade, transtorno do sono-vigilia, transtorno Relacionado a traumas e estressores.

O estado de alerta constante pode prejudicar e influenciar seus hábitos e estilo de vida, restrição da vida social, seu humor e relacionamento com o mundo.

Crises existenciais como descontentamento generalizado e tristeza passam a caracterizar esta mulher. Isso é mascarado com rótulos como TPM, que na verdade são de cunho machista e que atribui a mulher um modo de ser influenciável a ações hormonais, por isso é de sua natureza ter problemas. Considero  isso um exemplo de menosprezo a mulher.

A naturalização da mulher como chiliques e chateações é uma forma de violência, porque anula sua voz e a faz calar diante de situações que lhe trazem desconforto emocional.

Todo este cenário social machista leva a mulher ao desamparo aprendido. Ela acredita que é um ser diferente dos homens, mais frágil, com dificuldades pela sua natureza feminina. Deste modo, a violência contra mulher cai no natural. Não podemos esquecer que o estereótipo machista é construído culturalmente.

Precisamos nos ater para a desconstrução disto.

A conscientização dos direitos da mulher é base para a igualdade social entre homens e mulheres. É de suma importância que a mulher se liberte desta imobilidade emocional e de papeis e se construa ativamente como cidadã e pessoa humana.


GISELE SODRE - Psicóloga e Acupunturista
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Quanto tempo você permanece on line por dia?




REDE DIGITAL
Online 24h e algumas implicações no real, no tempo e no amor.
Quanto tempo você permanece on line por dia?

Desde os anos 90 o número de pessoas conectadas a internet tem aumentado numa velocidade muito grande. cada vez mais pessoas passam a construir sua percepção da realidade pelos olhos digitais. Muitos aspectos somam-se as mudanças no comportamento humano, desde sua percepção da realidade até seu modo de interagir no ambiente. Mas de qual realidade falamos?

Filósofos que defendem o materialismo propõem que o real depende da materialidade, em contrapartida, uma outra corrente de filósofos idealistas defendem que a realidade não é essencialmente matéria.

A realidade pode ser captada pela percepção, como interpretamos a realidade irá influenciar no nosso jeito de pensar e agir, isso a internet tem feito nas relações humanas.
O  que implica estar conectado o tempo todo?

Já ouviu alguém falar como o tempo está passando depressa?
Isso mesmo o autor Pierre Levy  denomina de (..) “realidade ampliada, nosso ambiente físico natural é coalhado de sensores, câmeras, projetores de vídeo, módulos inteligentes, que se comunicam e estão interconectados a nosso serviço. Não estamos nos relacionando mais com um computador por meio de uma interface, e sim executamos diversas tarefas em um ambiente ‘natural ‘(..) p. 38.
A velocidade das coisas se dão de forma que não temos tempo para nos adaptar, a impressão é que tudo passa muito depressa. São muitos estímulos, informações, o fenômeno da globalização, a expansão que aconteceu de forma abrupta.

Zygmunt Bauman traz conceitos chave sobre o tema quando denomina a era pós moderna como "líquida". No conceito de liquidez tudo se transforma de forma muito rápida e imprevisível. O autor destaca em sua obra Amor Líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos consequências nas relações amorosas. As relações virtuais   SE CONFIGURAM DE FORMA INTENSA E RÁPIDA SEM FORMALIDADES, ONDE TUDO SE INICIA E TERMINA COM UM CLICK. SENTIMENTOS como insegurança, conflitos, banalização das emoções, egocentrismo, entre outros aspectos.
Assim a internet oferece um leque de possibilidades, onde tudo pode acontecer. É comum casais buscarem a ferramenta virtual para trair seus parceiros. Neto & cols (2009) apontam que a internet exerce uma influência na vida dos casais em vários aspectos. Um deles é a traição virtual, não há garantia que o virtual não passará a ser real. A questão do sigilo na traição virtual tem elevado o número de cada vez mais adeptos. 

Resumidamente, viver sem rede digital torna-se impossível, visto que está impressa em nossa realidade. Mas a forma como a utilizamos faz toda a diferença. Quando os aplicativos, por exemplo, são a única forma de contato com o outro isso se torna um problema. A dificuldade de olhar nos olhos, reconhecer empaticamente os sentimentos do outro, também é nocivo. Perceber o mundo pelas telas virtuais e ignorar o que acontece ao seu lado é humanamente impossível conviver. Ignorar a presença de alguém vai além da falta de educação, passa a ser a desconsideração do real, pois deixar de responder um WhatsApp é mais ofensivo do que não responder ao outro que está ao seu lado.

Referências
BAUMAN, ZYGMUNT. Amor liquido: Sobre as fragilidades dos laços humanos, Rio de Janeiro: Zahar, 2004
Lévy, Pierre. Cibercultura São Paulo: ED 34, 1999.
WEEKS, MARCUS. Se liga na filosofia 1 ED São  Paulo: Globo, 2014.
SILVA NETO, JOAO ALVES DA. Relações Amorosas & Internet. São Leopoldo: Sinodal, 2009.

GISELE SODRE - Psicóloga e Acupunturista
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